Custos do tratamento ambulatorial de obesos no Hospital Universitário da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) / Costs of ambulatory obese's treatment at the University Hospital of Federal University of Rio de Janeiro (UFRJ)

Este estudo foi realizado no Hospital Universitário da Universidade Federal do Rio de Janeiro, ambulatório de Nutriçäo, constando da análise de dados do prontuário de 96 pacientes, correspondendo a 14 por cento dos obesos atendidos no período de um ano. O objetivo foi a determinaçäo da relaçäo custo/efetividade do tratamento. A diferença bruta da perda de peso, em média, do peso inicial para o final foi de 3,26ñ5,3Kg, e o tempo de tratamento dentro do hospital teve como média 58ñ40,4 meses. Através do teste do qui quadrado (x²) estabeleceu-se uma correlaçäo entre o custo anual por paciente e as seguintes variáveis: idade, sexo, regularidade no tratamento, local de trabalho, índice de Massa Corporal (IMC) inicial e outras patologias. Näo se encontrou qualquer correlaçäo estatística entre o custo por paciente e as variáveis citadas acima. Obteve-se para cada quilograma perdido um custo de US$327,31, uma relaçäo extremamente alta, onde o aparato hospitalar se encontra acionado em situaçöes nem sempre necessárias. Se, por um lado, o custo independe do trabalho do profissional nutricionista, por outro a perda de peso fica aquém da maioria dos trabalhos pesquisados. É necessária uma análise mais aprofundada das causas deste alto custo, mas fica patente a necessidade de reavaliaçäo contínua e de uma maior integraçäo com o sistema primário de saúde.

Avaliaçäo crítica da relaçäo paciente/profissional em um hospital de ensino / Critical analysis of patient/professional relationship in a university hospital

Analisou-se criticamente a visäo do obeso e do nutricionista e a consulta dietoterápica em um hospital de ensino como parte de um estudo mais amplo que envolve avaliaçäo quantitativa e qualitativa desse tratamento. Foram entrevistados quarenta pacientes, dois nutricionistas e quatro estagiários e acompanhadas quarenta consultas dietoterápicas. Concluiu-se que a consulta dietoterápica näo cumpre seu papel basicamente porque os métodos utilizados ma relaçäo paciente/profissional säo inadequados para o tipo de clientela atendida